O Jantar de sexta-feira


 Lá estava eu naquele trânsito infernal de sexta-feira à tarde, em que todos estão exaustos e cansados esperando o final de semana para descansarem.  Seguia em direção à casa dos meus pais, para o típico jantar de sexta-feira. Estava quase chegando, quando aquele imbecil fechou o cruzamento. Já sem paciência, dei aquela buzinada. O homem saiu me xingando. Nem liguei pois ele que estava errado,  parecia que  nunca tinha lido aquelas placas que há em todo lugar  “Nunca feche o cruzamento”.
 Depois de um tempo, cheguei à casa dos meus pais. Minha filha ia se encontrar comigo. Estacionei o carro depois de dar 10 voltas no quarteirão procurando a bendita de uma vaga, é sempre assim. Quando entrei no elevador, vi que alguma criancinha,  só para me ver sofrer, havia apertado todos os botões do elevador. O andar da casa dos meus pais é o ultimo, ou seja,  tive que ir parando de andar em andar até chegar o meu, isso levou cerca de 10 demorados e longos  minutos. Quando passei pela porta, fiquei aliviada. Sempre é a mesma coisa:              
O meu cunhado ranzinza que só reclama sobre o seu trabalho, o jantar inteiro é bem pessimista , fala mal do seu chefe e seu salário atrasado.
           Minha sobrinha, que é a dona das atenções, pois sempre tira a nota máxima em todos os seus trabalhos e provas da escola ela é a típica “cdf “confesso que ela é bem dedicada e esforçada pois com as tecnologias de hoje em dia as crianças não conseguem ficar sem: Celular, videogames, internet, computadores... Minha mãe sempre a mima muito, dando muitos agrados e beijos a ela, deixando seus primos com raiva.
 Minha irmã mais nova fica o jantar inteiro no celular respondendo mensagens que ela diz serem importantes às vezes me enjoo , pois certas pessoas hoje em dia não conseguem ficar nem 30 minutinhos sem a porcaria do celular. Ela manda mensagens no grupo da academia como: Meninas não se esqueçam que amanhã  às sete da manhã nos encontramos na academia para fazer 10 sessões de esteira e 5 de bicicleta!
Viver em São Paulo realmente é uma grande correria! À medida que o jantar acontecia, pude interagir mais com meus irmãos, sobrinhos, meus pais e cunhados. Minha irmã parou de olhar tanto o celular, as buzinas ficavam cada vez mais difíceis de serem escutadas e pude contar para todos como havia sido minha longa e cansativa semana. Iniciava-se o final de semana.

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